26 de julho de 2009

Quando se "esborrachar" é só um detalhe!

Hoje recebi uma ligação com identificação 000. Na hora pensei, ligação internacional via "lan house". Em vez de um oi, ouvi: Mônica, eu caí!!! (era a Lúcia!!!)
Dica barata de viagem: nada de ligações a cobrar para o Brasil. Vale a pena (e muito) usar as "lan houses". Todas que já entrei tinham skipe. Ou terminais de telefonia. Já em NY, vale a pena os cartões Brasil. Uns dois dólares e pode falar até uns 120 minutos!!!!

Segue abaixo a andança da Lúcia Schmidt por Santiago!

"Meu primeiro dia em Santiago amanheceu ensolarado o que para uma turista de primeira viagem a princípio foi um pouco desastroso. Sol não significa calor por aqui. Mas tinha um casaco que resolveu mais ou menos a situação.
Saí do hostel (aliás, muito bom para quem quiser vir pra Santiago - Hostal Rio Amazonas na Avenida Vicuna Mackena - dizem que o outro que eles têm no bairro Brasil não é bom) muito animada em direção ao acesso ao Cerro San Cristobal. Andei pelas ruas da cidade praticamente vazias na manhã deste domingo, 26, até o funicular que dá acesso ao Cerro.
Subi e admirei Santiago do alto. Fotografei, pedi que me fotografassem com a cordilheira aos fundos e no final tomei o Mote con Huesillo - pêssego desidratado com calda e pedacinhos de trigo. Bebe-se e come-se o pêssego e o trigo. Um tanto doce, mas muito diferente para nós brasileiros. Os chilenos frequentam o Cerro após caminhadas e pedaladas. Há muitos ciclistas no local pela manhã. Já perto do meio dia o lugar é tomado por turistas - incrível como tem turistas de todos os países da América Latina - Equador, Peru, e Argentina (poucos brasileiros eu vi até agora). Há filas para o funicular. Por isso, o ideal é chegar cedo mesmo.

Saí do passeio pelo Cerro animada e revigorada para conhecer La Chascona - a casa que Neruda construiu em 1953 para sua última mulher Matilde Uruttia. Mas, ao sair do parque não vi um degrau e me estabaquei no chão literalmente - caí ajoelhada. Um joelho só. Um estrago relativamente pequeno se eu fosse jovem e magra. Custei um pouco a levantar, mas sempre há almas caridosas em todos os lugares do mundo. Duas pessoas me ajudaram a levantar. Sentei-me no degrau, recuperei o fôlego, descansei, mas, perdi minha máquina digital - não perdi as fotos que tirei no Cerro. E isso no primeiro dia. Sensação horrível, mas como ia pra casa do Neruda comprei de um camelo uma Kodak descartável. Vou voltar a era da revelação e depois revelar as fotos da Chascona.

Aliás, se vierem a Santiago conheçam a La Chascona. Neruda construiu em 53 para Matilde, na época sua amante. Por isso, escolheu um bairro afastado Bela Vista - hoje point. Mudou-se pra casa em 55, já com a relação oficializada e construiu outros espaços. Segundo o guia, projeto do próprio Neruda. Eu, particularmente, considero o Neruda arquiteto, um grande POETA. A casa é louca. Vários espaços externos com diferentes formatos. A parte antiga parecia esconder o próprio relacionamento - pé direito baixo, janelas para área interna - claustrofóbica. A parte construída após a oficialização da relação são módulos em diferentes platos do terreno. Nada prática, mas afinal, ele era um poeta. Pode ser que alguns gostem. Da arquitetura eu não gostei, mas do astral dos cômodos isso é outra conversa.

Interessante - quando do golpe a casa foi invadida pelos homens de Pinochet que rasgaram os livros, jogaram fora os objetos pessoais dele e deixaram os córregos do jardim interno fechados - a casa foi totalmente alagada com lama. Quando Neruda morreu, Matilde quis que o corpo fosse velado na casa. Uma forma de mostrar para o mundo o que fizeram com a casa do poeta Premio Nobel.

Amanhã tem mais, com uma nova câmera"

3 comentários:

  1. Coitada da Lúcia!!! Desculpa, mas foi inevitável não rir. Fiquei deveras com pena dela, mas certamente não deixa de ter seu "quê" de graça. Primeiro dia no Chile e tem história pra mais de metro para contar.

    Divirta-se no chile e nos hostels Lúcia! Ah! E tire muitas fotos com sua kodak. Não economize nos filmes pois você pode digitalizar suas fotos depois sem necessariamente revelá-las. Os laboratórios digitalizam os filmes. :)

    E cuidado ao descer degraus. Aproveite e nos conte mais amanhã.

    Beijos a Lúcia e a Mônica.

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  2. Só a Lúcia... Mas o melhor sempre é ter histórias pra contar na vida. Tô descobrindo isso agora, que meu juízo está de férias e parece ter viajado pra longe kkkkkkkkkkk
    Adooooro Lúcia.
    Adooooro Moníka.
    Um dia viajaremos juntas
    Sarah

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  3. Lúcia! Tá vendo, as histórias já começaram... e veja quanto coisa você já teve pra contar!!
    Ah pense o lado positivo da sua Kodak, já terás fotos reveladas. As minhas fotos eu tô que enrolo pra mandar revelar... é que com o mundo de câmeras digitais a gente desanda a bater fotos e depois é complicado selecionar poucas né?
    Aproveite sua viagem, aproveite mesmo cada segundo!
    E Monica! Preparando uma viagem pro ano que vem?? Olha que já estamos em final de julho hein? hahaha
    beijo pras duas!

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