28 de janeiro de 2009

Comprando a passagem aérea!

Tudo bem que o roteiro de uma viagem independente possa mudar conforme seu espírito e nova descobertas ao longo da "estrada". No entanto, para que a viagem esteja dentro do orçamento e se evite pagar taxas extras para mudança de embarque e desembarque, defini Roma como meu desembarque e Paris como minha volta para casa. Assim, comecei a peregrinação por uma passagem com valor ao menos justo (se é que isso é possível considerando os abusos das companhias brasileiras!!!). Como não dá pra ficar aqui reclamando, passamos ao passo seguinte.
Há maneiras de fazer a compra pela passagem não se tornar um martírio. Sites como http://www.skyscanner.com/ e http://www.decolar.com.br/ podem ajudar a ter uma dimensão de preços. Eu particularmente "fucei" vários, inclusive os das próprias empresas áereas. Como em agosto começou a derrocada do real frente ao dólar, não esperei muito tempo e comprei uma passagem pela TAM com o dólar a pouco mais de R$1,86 para pagar em 5 vezes sem juros. Somando o preço das passagens de ida e volta e as taxas paguei no cartão de crédito cerca de RS 2.300.
No meu caso, recorri a um amigo turismólogo de confiança com que posso deixar o número do meu cartão de crédito. Mas para aqueles que não têm essa vantagem, não há problema algum... É só numa das pesquisas pelos sites, se encontrar uma barbada... não deixar passar!!!!

Falo isso por experiência própria. Assim que comprei a passagem de ida e volta e comecei a pagar as faturas do cartão de crédito, tinha duas certezas: uma era que eu viajaria de qualquer maneira e a outra.... precisaria economizar mais ainda para começar a pagar os transportes entre as cidades/países. E aí, recomeça a "viagem" diária pela internet vendo trechos, conexões e principalmente uma prévia definição de quanto tempo em casa lugar.

Uma coisa eu já sei: de Veneza eu sigo para Budapeste. Com isso em mente e me dando uns dias para bater perna pela Itália, comecei a pesquisar nas empresas low cost passagens baratas. E aí, a raiva dos valores cobrados pelas empresas brasileiras toma proporções dantescas. É possível viajar muuuuuito barato fora do Brasil. Encontrei pela Wizzair o trecho Veneza/Budapeste com o transfer até o centro da cidade e as taxas de bagagens (sim, lá se paga pelas bagagens e pode ser muito mais caro que a própria passagem) por 48 Euros. Tentei pela http://www.easyjet.com/ e a http://www.ryanair.com/ mas nenhuma das duas fazem esse trajeto. Para quem vai para a Europa e terá que se deslocar por longas distância, a melhor pedida é recorrer às cias low cost. Há dois sites bons para as pesquisas de preços: http://www.skyscanner.com/ (que já falei acima) e o http://www.attitudetravel.com/ que conta com uma site meio feio mas bastante funcional. Na hora de fazer a busca, é só colocar a cidade de destino e aparecem todas as companhias possíveis, já mostrando de onde cada uma delas pode partir.

Com alguns dias de pesquisa, é fácil decorar e se tornar quase um expert. A outra vantagem do attitudetravel é que para quem ainda não sabe bem pra onde ir, é possível "retraçar" as cidades e é provável que uma possibilidade de voo barato chame a atenção e mude seu roteiro. E foi assim, que tive a experiência desagradável do "deixo pra mais tarde". Dando uma olhada em pra onde eu iria depois de Praga, achei um voo por 19 Euros para Amsterdam saindo exatamente no dia que eu queria. Mas.....quando decidi me dar ao luxo de comprar a promoção já tinha acabado. Centenas de palavrões depois, me serviu como exemplo do "nunca deixe pra mais tarde o que pode fazer agora" e continuo na esperança da promoção voltar!!!

Essa semana, como faltam menos de 60 dias para eu viajar, começo a luta para entender os sites das empresas ferroviárias. Afinal, não quero perder meu precioso tempo em filas quilométricas. E pelo que li no blog do Ricardo Freire hospedado no http://www.viajeaqui.com.br/ os ticketes só ficam disponíveis para consulta e compra com antecedência de 60 dias.

Passagem na mão, cartão de crédito em dia com fatura mínima de cerca de 477 reais...cinco meses de uma dívida que vale a pena!!! E vamos combinar: tudo bem que 477 reais é dinheiro pra caramba, mas para uma viagem....quantas calças jeans de grife, maços de cigarros, garrafas de cerveja são possíveis comprar com isso num mês?????? Pensa bem....

25 de janeiro de 2009

Economizar também é se divertir!

Viajar sem trazer na bagagem alguma experiência não prevista é o que faz o viajante se encantar em descobrir o improvável, o diferente. Ao menos pra mim.
E aí, enquanto eu pesquiso precos de passagens na internet (que vou falar num próximo post) eu me lembro de algumas dicas boas para os que viajam com grana apertada... O meu caso sempre!!!
1 - Se vc estiver na fora do Brasil... lembre-se de algo: é provável que as lanchonetes tenham preços diferenciados. Algo como: eat in or eat out. Ou seja, se pagar mais barato é melhor não bancar o esperto e sentar porque vai passar vergonha! Eu não sabia que a diferença era essa na hora que fui pagar e aí... nem preciso dizer que foram me cobrar a diferença. A sorte é que meu bom humor fica mais aflorado viajando e tinha acabado de ver o Guernica no Museu Rainha Sofia em Madrid, que paguei rindo a diferença de uns poucos euros.
2 - JAMAIS, NUNCA, EM HIPOTESE ALGUMA escreva na conta de um restaurante, pub ou o que quer que seja. Estava em NY com um amiga e fomos para o Planet Hollywood. Como cada uma pagaria a sua parte, eu tive a infeliz idéia de escrever abaixo da conta, o valor da minha parte. Qual não foi minha surpresa ao perceber que o troco veio errado. Confere daqui, confere de lá, decidimos chamar o garçon. Ele já vinha todo risonho (a essa altura ele estava sendo mais simpático do que quando chegamos) e a minha amiga me disse pra não falar mais nada. Disse que não precisava mais e ele foi embora nos desejando milhoes de felicidades...
O motivo de tanta alegria: ao escrever na nota, banquei a marinheira de primeira viagem e na verdade, dei a entender que aquele era o valor da tips (gorjeta!!!). Nessa, brincadeira, gastei literalmente o dobro do que paguei, sai p da vida comigo mesma e fui motivo de piada da minha amiga pelo resto do dia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3 - Ainda em NY, se quiser optar por uma peça da Brodway que fuja das promocionais (geralmente não são as que os turistas querem ver) a melhor opção é se informar no próprio teatro o dia da meia entrada. Se você tiver carteirinha de estudante internacional e disposição vale a pena. É possível com uma carteirinha comprar duas entradas pela metade do preço. Vale realmente a pena. O problema é que são ingressos limitados e, pra isso, é essencial disposição para acordar cedo e ir pra fila. Senta lá de manhã, no meio do caminho compra um café, capuccino ou coisa do gênero e espera.... Eu cheguei às 7h30 e comprei a minha e da minha amiga tranquilamente.
4 - Em Londres ou em qualquer grande cidade é possível descobrir a melhor hora para as compras. Geralmente depois do horário do almoço, alguns estabelecimentos oferecem promoções imperdíveis: tudo 0 ,99 de libras, no caso de Londres. Era num desses que eu me postava todos os dias ( uma espécie de rede de lanchonetes do tipo Subway) e esperava. Às 14h entrava, comprava o que queria bem mais em conta e confesso que nao ficava com fome esperando dar 14h, afinal viajando a gente não tem muita hora para almoço ou jantar! E sempre, me dou um bom café da manhã quando estou viajando. Por isso, é imprescindível escolher hospedagem com breakfast incluso.
5 - Comer na rua pode ser uma das melhores experiências de uma viagem ( e claro, uma das piores). A questão é ter bom senso. Em Paris nada melhor do que abrir mão dos bistrôs algumas vezes e se deliciar com os crepes das ruas. Ou os sanduíches( só lembre-se que chamar nosso lindo pão de "fracês" é quase uma ofensa a ele, já que os pães franceses são meio duros), assim como em Recife nada é tão pernambucano como comer uma verdadeira tapioca com manteiga de garrafa em pleno centro histórico. É possível também deixar toda e qualquer restrição, esquecer as recomendações de pais, amigos e blosg e cair de simpatia por uma baiana que vai te convencer a experimentar um acarajé no meio da rua... Tudo bem... corra o risco se achar que vale a pena. Eu não morri, comi acarajés deliciosos... mas quase todos da Barraca da Cida (que foi indicada por baianos), porque não sou boba de passar meu tempo de viagem num hospital. Mas a amiga baiana que me hospedou falou que há várias boas e confiáveis barracas. O problema, eu creio, é muito mais do estômago estar habituado a comidas fortes, do que propriamente o tempero da baiana. rs

Acho que esse post vai se atualizando gradativamente... Cada hora uma lembrança nova vai surgir!!!

24 de janeiro de 2009

Sonhando com o mochilão!

Nada melhor do que acordar um dia e ter a certeza de que já e hora de preparar um mochilão. A melhor dúvida é pensar: pra onde ir???????? Eu queria Europa de qualquer maneira. Como pesquiso cidades, nada melhor do que as mais antigas. E minha ultima viagem foi para NY, então é hora de voltar ao "velho mundo". As únicas informações que eu tinha nesse momento eram: teria 28 dias para viajar, seria entre o final de março e o final de abril. Iria sozinha. E NAO TINHA ECONOMIAS O SUFICIENTE!!!!!!!!!!!
Primeiro eu assumi o risco e vou de qualquer jeito. Há sempre uma boa maneira de conciliar a alma de viajante num bolso apertado...

Se já se tem idéia do lugar, é uma etapa a menos. Não é o meu caso. Com um guia em mãos, comecei a escolher para onde ir, pensando onde valeria a pena voltar e quais lugares seriam ideais para uma primeira vez. Ganhei o "Guia do Viajante Independente" de presente do meu pai (que entende perfeitamente minha necessidade de sair por aí) mas acho que qualquer outro bom guia é o melhor começo. Há os da Folha de São Paulo ou da Lonely Planet ou mesmo os da internet para aqueles que não querem gastar com nada no momento ou que não têm um amigo pra pedir emprestado.
Devorei o livro por dias, comecei a querer ir para vários lugares e para evitar ficar "viajando" no improvável por tempo demais, comecei a abri o Google Maps diariamente e observar distâncias, trechos possíveis. Acho que esse é o começo da definição. Tem cidades que estão nos sonhos de 9 em cada 10 viajantes. E aí, a viagem pode ser a clássica com Paris, Londres, Madri, Berlim, Roma... Ou pode ser a aventura pelo Leste Europeu com Praga, Budapeste, Viena...
No meu caso, eu tendia a ter um pouco de cada coisa. Não queria ficar presa aos clássicos e nem fugir deles. Então, comecei a pensar minha viagem (que é importante dizer, será sozinha e isso sem dúvida me deixa muito mais livre para escolher) numa mistura de um pouco de cada, conciliando com meu orçamento apertado.

Lendo o guia e vendo as cidades que me interessavam mais nesse momento e a maneira de como convergir meu interesse com a malha ferroviária, alternei meu interesse entre as clássicas "caras" (mas há maneiras de torná-las possíveis e é pra isso que existe esse blog) e as baratas e curiosas cidades do Leste Europeu.
Assim, depois de semanas de pesquisa, sacolejo no metrô lendo o guia, leitura de blogs e mais blogs, bate papo com amigos, leitura de posts nos sites www.oviajante.com e www.mochileiros.com .... Defini que meu mochilão 2009 será:
Roma/Florença/Veneza/Budapeste/Praga/Amsterdã/Paris. O mais interessante é que por mais que tenha "fechado" nessas cidades, me sinto livre para mudá-las ao longo do meu planejamento ou mesmo enquanto estiver viajando. A graça do mochilão independente é essa. Querer ficar mais um dia aqui, abrir mão de um dia lá para conhecer outra cidade que nem sequer tinha ouvido antes. O bate papo na viagem, os encontros com outros viajantes rendem sempre novas histórias e novos traçados.
A princípio fiquemos assim. Só na volta posso dizer ao certo meu roteiro.


Escolhido o roteiro... é hora de partir para os custos, as passagens, a hospedagem... que serão os temas dos próximos posts.

10 de janeiro de 2009

É possível!

E aí, um dia você acorda e se dá conta de quem tem uma alma pra lá de inquieta... Quer ver de perto cada esquina do planeta, quer comer as iguarias que sabe que existem, mas nem de longe já sentiu o cheiro, quer percorrer ruelas, ver os cartões postais e os não postais, quer descobrir a sua própria Paris ou Roma ou Tailândia. Quer se perder no metrô de New York, ou nas confusas ruas e avenidas de Londres . Você tem curiosidade com a comida chinesa, quer tomar chá de coca na Bolívia ou quer ver de perto a diversão de uma festa dos mortos no México. Quer assistir "ao vivo" ao show das prostitutas da red light ou experimentar as novidades dos coffee shops de Amsterdam. Dá uma vontade terrível de estar no corpo do Zeca Camargo, do Luiz Nachbin, ser um dos aventureiros do History Channel ou da Discovery. Só que..... alguns minutos depois um desânimo bate em você porque pensa: e daí, não tenho dinheiro pra isso?!!!
Aqui que está o grande erro. Viajar é estar com o espírito aberto à aventura, e principalmente à descoberta. É desvendar que o mundo é bem menor do que se imagina e que se você tem planejamento, disposição e uma curiosidade infantil ele está a seu alcance.
Descobrir como o mundo pode caber no seu bolso é ponto de discussoes de infinitos blogs. Esse é mais um deles. E a proposta é divulgar as dicas de outros viajantes e trazer pra cá posts de outros blogs que tratem do tema: viajar bem e barato, seja de rodinha ou de mochila!
O que mais anima é pensar em ouvir o tão sonoro: bem vindos a bordo e boa viagem!