24 de janeiro de 2010

Desfazendo a confusão - espero!


Sala comum do Hostel Suites Florida, da rede HI em Buenos Aires, em que fiquei hospedada.

Para uma viajante sem luxos, é comum ouvir alguns comentários do tipo: "você é louca de ficar dormindo com gente desconhecida", "é o cúmulo da pãoduragem ficar em albergues"...E a pergunta sine qua non de quem não sabe sobre o que está falando: "credo, você tem coragem de dormir em albergues com os sem teto?" E eu já ouvi inclusive (melhor ouvir do que se surda) que seria estuprada num albergue - nesse caso foi um homem mal amado mesmo.

Jesus do Céu. Para tudo. É impressionante como ainda existem pessoas que confundem albergues com casa do albergado. Tudo bem que as palavras são até parecidas, mas significados abissalmente distintos. Vamos para uma síntese básica: casa do albergado são espaços destinados a detentos que cumpram pena privativa de liberdade no regime aberto - ou seja, nada a ver com mendigos, pra começar.  Já albergues (ou hostel / hostal) são "mini hotéis" com uma proposta diferente: são menores (embora alguns possam ser imensos), o serviço de quarto pode ser bem básico ou inexistente, há cozinha disponível aos hóspedes, e têm quartos coletivos para viajantes que estão ou com orçamento apertado ou dispostos a conhecer novas pessoas.

Há os albergues/hostels da rede Hostelling International (HI) que se espalham por várias partes do mundo e são credenciados ( há uma carteirinha anual para descontos) ou então os chamados albergues independentes - em que há mais variedade de pessoas porque não exige a carteirinha. Simples assim.

A busca por um albergue/hostel deve ser tão criteriosa como a de um hotel. Há vários sites para pesquisar as ofertas e também contam com notas e opiniões de outros hóspedes. O Hostel World, por exemplo, conta não só com vários hostels cadastrados como também disponibiliza informações sobre os destinos e coloca os usuários em contato com outros viajantes.

É assim que durante muitas viagens - mesmo as que aconteceram antes de eu iniciar o blog - eu me hospedo. Algumas vezes o espírito está bem aventureiro e a boa pedida é um quarto coletivo feminino. Ou então, depois de dias de viagens, é preciso ficar um pouco só em quarto privado.Tá acompanha do namorado/marido/namorido? Então há também o quarto de casal. Tá levando o filho junto? Quarto de casal com cama de solteiro.Ou em casos em que não há vagas? Já me hospedei em quartos mistos. Há para todos os estilos...assim como os hotéis.

Acho que a maior diferença mesmo entre um hostel e um hotel é a proximidade que um hostel cria entre os hóspedes. Há mesas de jogos, há horários para filmes, há salas comunais em que todos veem televisão/filmes juntos. O staff geralmente é escolhido "a dedo" pela simpatia. E, em alguns, há festas e saídas para boates/passeios juntos. Ou seja, para viajantes de qualquer idade e proposta.

E os cuidados são os mesmos:
- Pesquise bastante as referências dos albergues. Sites como o TripAdvisor e Mochileiros são ótimos. Há as sessões barbadas e roubadas do site O Viajante
- Converse com outros viajantes e google o máximo possível por blogs. É uma ótima maneira de conhecer novos viajantes e ter dicas quentes de hospedagem e passeios.
- Alguns hostels têm armários. Outros não. Opte pelos que os têm e de preferência de graça. Alguns já têm com chave, mas para os desconfiados é possível acrescentar um cadeado pessoal.
- Muitos albergues contam com luggage room, onde é possível guardar a bagagem antes do check in ou depois do check out e continuar passeando - já fiz isso várias vezes quando resolvia conhecer outras cidades e teria que voltar ao destino inicial.
- Alguns albergues têm política de descontos depois de alguns dias de hospedagem. Em muitos é possível ganhar até noite grátis. Então, pesquise bastante.
- Não é tão comum furtos em albergues assim como não são comuns em hotéis. É uma questão de estar atento mesmo e não deixar dinheiro e passaporte "dando sopa" em cima da cama. Aí já é demais!
- Quando estiver reservando albergues esteja atento: ensuites é banheiro dentro do quarto (ou seja, banheiro privativo) e shared bathroom os banheiros compartilhados.
- Não é sempre que os albergues disponibilizam toalhas, então em alguns casos elas podem ser cobradas, mas nada exorbitante.
- Para os que quiserem lavar roupas, geralmente há lavandeiras internas, com máquinas do tipo "made yourself". A dica é: se não tiver tanta roupa para lavar/secar, o ideal é juntar com outro alguém do albergue e dividir a conta.
- E os que estão com orçamento super apertado, as cozinhas dos hostels são bem equipadas para refeições rápidas.

O importante é entender que essa é uma maneira barata e divertida de viajar para conhecer novos costumes. Albergues recebem gente do mundo todo, de todas as idades e tribos. Se você é do tipo fresco, melhor nem sair de casa. Mas se parte da filosofica "cada um com seu cada qual", então sem dúvida vai ser divertir e "viajar na viagem".

22 de janeiro de 2010

As intempéries da classe econômica



"Pai, o avião tá caindo?". "Paí, tô ouvindo um barulho estranho no motor do avião". "Pai, o avião podia cair pra gente chegar mais rápido!". Sinceramente, viajar na classe econômica muitas vezes é uma prova de nervos - e com dois adolescentes e um pai surdo exprimidos na feileira de trás se torna quase um atenuante para cometer um infanticídio.

E foi assim, ouvindo asneiras adolescentes entremeadas de vozes demoníacas (que a mãe resolveu reprimir) que fiz meu quase tranquilo voo de volta de Santiago, com escala em Buenos Aires.

A classe econômica (ou como chama a Silvia do matraqueando - a classe chicoteia) não é o fim do mundo numa viagem curta, como foi esse caso.

Mas confesso, que viajar assim por mais de 12 horas, mesmo para alguém de pernas curtas é um martírio. Nos aviões maiores, ao menos são dois corredores. Mas nesse que fiz pela Aerolineas, eram duas fileiras de 3 pessoas exprimidas em menos de 4 metros de largura! Imaginei a comprimento, pelo meu próprio corpo deitado (já que fiz 3 voos deitadas numa fileira sozinha)

Mas viajar pela Aerolineas Argentinas se mostrou uma surpresa. Como os aviões são bem antigos, confesso que fiquei um tanto receosa, mas embora velhinhos e pouco confortáveis a viagem foi tranquila e com comissários de bordo atenciosos, mesmo quando tinham que dizer que não havia mais sucos ou servir os mesmos sanduíches com bolo de sobremesa. Como fiz quatro voos pela companhia em 12 dias, confesso que no último já não aceitei mais o sanduíche.

Em todo caso, é bom saberem os  "navegantes" que a Aerolineas não tem estações de rádio ou filmes. Tudo no seco mesmo. É exprimido e de preferência dormindo - já que a comissária não deixa usar o mp3 do celular, mesmo no módulo voo!

crédito foto: dfriche-tg.org

19 de janeiro de 2010

Em eleições, Santiago esquece que é turística

Foi muito interessante estar no Chile no domingo de eleição presidencial. Frei ou Piñera? As diferenças em relação ao Brasil são muito claras. Não se trata de melhor ou pior, mas diferente. Desde sexta havia "carabineiros" (a polícia chilena) nas ruas para evitar tumultos. Não vi - ao menos pelas áreas por onde passei - ninguém distribuindo "santinhos" ou afins. O que sem dúvida propicia as ruas ficarem totalmente limpas. Absolutamente nada! O que se via era apenas os outdoors e, claro, bandeiras

Depois de anunciada a vitória de Piñera, saí para dar uma volta pelas ruas de Santiago e ver como era o clima. Começou timidamente um buzinaço. No cruzamento das avenidas Vicuña Mackenna e Providência começava a chegar pessoas de várias partes de Santiago para a comemoração que se estendeu pela noite na região do La Moneda - e aí sim virou uma grande carreata. Mas ainda assim, achei a festa tímida se comparada ao Brasil.

Mas foi ótimo ver o otimismo das pessoas - embora eu achei Santiago a capital Primeiro Mundo da América do Sul, as pessoas estampavam em suas camisas e bandeiras o sentimento de mudanças. Enfim, eles que sabem o que é melhor.

O que chamou atenção mesmo foi o fato de não haver nada aberto! Quando digo nada, é nada mesmo. A cidade cheia de turistas e nada, em pleno domingo. Claro que azar o meu por ter viajado em tal época, mas não deixa de ser falta de tino comercial e turístico. De noite, andei andei e andei atrás de um lugar para comer. A negativa continuava - nada. Com exceção de um lugar com sanduíches, mas eu não conseguia mais comer pão, já que tinha sido a única coisa que eu tinha conseguido comprar em todo o dia!

Para os que se aventuraram pelas lindas praias de Viña del Mar, a negativa continuava. Alguns brasileiros do hostel achando que seria como no Brasil, seguiram para a cidade litorânea e nada também.

Boa sorte ao Chile.

Festa estranha com gente esquisita

Sei lá como são as festas caseiras chilenas. O que sei é que chamaram para ir a uma festa e aprender a dançar salsa. Amei a ídéia. Mas...Saí de lá irritadíssima - queriam que eu dançasse samba. Olha bem pra minha cara!! Fizeram uma reunião a base de pisco (a bebida mais popular do Chile) com pouquíssimas pessoas - só a esposa de um dos convidados, eu e a Daniele (uma das gaúchas do quarto).

Acho que na verdade caí no "conto do vigário" e eles estavam mais interessados em mulheres. Enfim, em menos de 1 hora me livrei da "tal festa" e por 1000 pesos de táxi estava no hostel.

Fica a advertência...aqui no Chile como em vários outros lugares, as mulheres do Brasil são vista a base de estereótipos. E um deles é o bendito samba e o outro...será que preciso mesmo falar?

17 de janeiro de 2010

Um dia de bicicletas em que Ipanema parece um bairro qualquer

Há um outro lado da cidade que ainda nao conhecia. E como a idéia é conhecer de ponta a ponta o mapa que recebi, achei que seria uma boa oportunidade aproveitar as ótimas ciclovias de Santiago. Um dia lindo. Agradável. Temperatura por volta de 28 a 32 graus.

Aluguei uma bicicleta numa das agências que promovem passeios. Um passeio em grupo custa em média 15 mil pesos ( R$ 60). Achei caro e nao queria ir num grupo. Meu egoísmo aflora nessas horas em que quero fazer o que eu quiser e nao seguir grupos. Mesmo porque, os grupos costumam andar pelos pontos turisticos e esses eu ja tinha feito a pé.

Entao, paguei 5 mil pesos (R$ 20) e fiquei por 4 horas conhecendo outra parte de Santiago. Para me sentir mais segura segui por avenidas com ciclovias. Ótimas. Avenida Cristobal Colon, Procuro, Bilbao... Confesso que nao consegui usar o "casco", ou seja, o capacete de seguranca. Apertado.

É tudo tao organizado e bonito. As áreas nobres muitas vezes tao arborizadas e limpas fazem Ipanema (sem a praia) parecer um bairro qualquer.

Na noite de Santiago e de graça

Com o pessoal que conheci no hostel, animei de ir conhecer a "night" de Santiago. Fomos dois dias seguindos a uma boate local - Mito Urbano. O melhor dela é que é de graça para hóspedes do hostel.

Boate em qualquer lugar é igual. Nada de diferenças gritantes - as mesmas músicas, o mesmo pouco espaço para dançar, a mesma "pegaçao"...O que chama atençao mesmo é quando toca as baladinhas em espanhol e todos gritam e cantam juntos...E os brasileiros se entreolhavam (dava pra saber quem era brasileiro nessa hora) sem entender nada porque nunca tinham ouvido tais músicas.

Para os que bebem, fica a informaçao: muito caro. Muito mais caro do que no Brasil (convertendo ou nao, já que os próprios chilenos reclama dos preços das bebidas em boates). Uma cerveja comum pode custar até R$ 9.

Curiosidade: ouvi de um chileno que para dançar devem convidar uma mulher e dançar ao lado dela. Nao dançam sozinhos. "Só os gays dançam sozinhos". Será? Nao me convenceu nao!

Uma cidade verde


Santiago me dá a impressao de ser uma cidade verde. Totalmente verde. E eles ainda querem mais. Há campanhas de divulgacao na cidade para que mais delas sejam plantadas. E foi exatamente esse o ponto que mais me chama atençao aqui. Sao muitos. E ao contrário de muitos que conheço no Brasil, sao frequentados constamentente. Sao lindos, limpos....Enfim, estou verdadeiramente "embasbacada". Um parque sucede outro e outro e (...) É possível caminhar de um bairro a outro cruzando parques.


Até onde pernas curtas podem ir?

Caminhar por Santiago é quase uma obrigaçao para quem está a passeio na cidade. E confesso: caminhei tanto na ida sem me dar conta da volta, que precisei voltar de metrô! Resolvi que ia conhecer uma outra Santiago indo desde a Providência ao bairro Quinta Normal, que é o outro extremo da cidade. Ou seja, ia cruzar mais da metade de Santiago a pé, seguindo o máximo por "linhas retas".

As ruas sao um convite a parte, além dos dias lindos e de calor que fazem em janeiro. Caminhando cruzando por parques lindos, como a Plaza del Aviacion, despois da Plaza Itália e o Parque Forestar cheguei ao Cerro Santa Lucia. Uma caminhada que vale muito a pena e que demora muito pouco - cerca de 30 minutos para chegar e outros 20 minutos para subir.


Vista do Cerro Santa Lucia - centro de Santiago


Dessa vez resolvi subir ao cume do Santa Lucia. Nada mal para quem estava apenas começando o dia. A vista de Santiago é realmente bonita, mas nao pode ser uma substituiçao da vista do Cerro San Cristoban, bem mais alto. A entrada é gratuita e o máximo que se pode gastar é na moeda de 100 pesos (uns R$0.70) para o observatório.  Há lá em cima, claro, espaços ótimos para descanso e acabei me dando o direito de deitar e ler um pouco num banco em baixo de uma árvore - bem pouco mesmo já que cochilei e acordei com a barulhada de uns brasileiros que tinham acabado de chegar.

De lá, segui para a área Central da cidade e fui novamente ao La Moneda. Fechado. Explico: de acordo com um dos seguranças por causa de vandalismo de alguns nas visitas (como sujar paredes, riscá-las) está temporariamente suspenso as visitas). Como estava fechado e estava começando a ter fome, fui novamente ao Mercado Central para experimentar outra comida típica do chile. Como o Ceviche, mas dessa vez 1/2 porçao (2.500 pesos - uns R$ 10). Sinceramente, nao gostei muito embora todos indiquem.



Na continuaçao da empreitada do dia, acabei olhando para o alfajor e nao resisti. Que seja a sobremesa argentina no Chile.


E aí começam minhas andanças atrás da outra Santiago. Da menos turística, da menos limpa, dá menos organizada e nem por isso, menos linda. Poucos minutos depois do La Moneda, seguindo pela Avenida Libertador Bernardo O´Higgins já se começa a perceber as transformaçoes. As avenidas e ruas, embora ainda muito largas, dao lugar a camelôs, a sujeiras nas ruas (nada que seja patológico), comércio mais simples, lojas mais baratas e mais barulho. Como é uma área menos frequentada por turistas, é possível perceber a verdadeira cara chilena.

O comércio popular de Santiago - longe da área turistica

Uma feirinha local de artesanato - Av.  Libertador Bernardo O´Higgins


Estaçao Central - longe da
E caminhei. Caminhei. Caminhei até a Universidade de Santiago do Chile, que fica na Estaçao Central do metrô. Nao havia mais pra onde ir. Ou seguiria para dentro de muitos bairros e o mapa que eu tenho termina nesse ponto. Ótimo entao. Hora de voltar. Voltei margenando por outras ruas e segui para outra regiao da cidade, que em pouco minutos me levava para o Parque Quinta Normal.

 Familias a vontade numa tarde ensolarada. O parque parece ter mais vida que o Central - menos turistas

Um belo parque nas proximidades do bairro Brasil. A essa "altura do campeonato" eu realmente já estava bastante cansada e para resguardar meu maior patrimônio, voltei de metrô, já que a Quinta Normal é estaçao terminal da linha verde de metrô. Já era tarde quando voltei, embora com dia claro (no verao, às 21h e ainda há sol!)

A trilha sonora do dia foi Lucy in the Sky with Diamond, que ouvi na rádio local. Custo do dia? 400 pesos para o metrô de volta.




15 de janeiro de 2010

As grandes ofertas do Mercado Central



 Na minha caminhada pelo Centro de Santiago pela manha, deixei o Mercado Central por último porque já estaria com fome e experimentaria as iguarias locais. A mesma chilena (Ignácia) que me levou ao restaurante de tapas e ao Pátio Bella Vista me indicou alguns pratos para comer quanto estivesse no Mercado Central.


A dica dela valeu a pena. O Mercado Central embora bem pequeno se concentra principalmente em frutas, verduras, legumes e peixes. É peixaria que nao acaba mais, o que dá ao lugar um cheio peculiar. Mas nada que atrapalhe o passeio. 


Assim que entrar, independente por qual das entradas principais, vários garcons  (parece que brotam do nada) ao tentar convencer de que o restaurante deles é o melhor e mais barato e blá blá blá. Nada disso. Por dica da Ignácia, eu continuei caminhando só respondendo: No tengo hambre! A recomendacao dela foi de que os restaurante menores que se aglomeram nas lateriais e ao fundo sao menores, mais baratos e com a mesma qualidade.


Acabei parando no Tio Lucho. O garcom super simpático me explicou os pratos e quanto soube que eu era brasileira fez questao de me mostrar uma revista da Gol que indica o restaurante dele. Comi a tal mariscada especial e ainda volto lá até ir embora para comer o salmao, que foi indicacao da tal revista.





Como em todos os lugares, há pao e aqui em vez de manteiga há um molho a base de tomate com pimenta como antepasto

Outros experimentos que valem a pena para conhecer um pouco do cotidiano chileno é experimentar as frutas. Como algumas delas só temos no Rio em conserva, comprei um pouco de algumas para a sobremesa. Num saquinho com poucas unidades de cada gastei 1000 pesos, menos de R$ 5

Figo - a vendedora explicou que eles sao pequenos e mais doces porque sao os primeiros a serem colhidos


Damascos - que que nunca tinha comido sem ser os secos de supermecados


Cerejas - bem mais doces do que as que comi em outra viagem



Radio Disney...o outro jeito de experimentar Santiago


Quando estou viajando tento parecer ser do local. " Imbecilidade" a parte, minha tentativa se concentra nao só em caminhar pela cidade o máximo possível e em comer o que os "nativos" comem como também em ouvir as músicas que fazem sucesso local.

E estou numa paixonite pela Shakira (que toca toda hora) e por uma música bem " baladinha" chamada "Esclavos de Tus Bejos", de David Bistal. Desde que saí do Rio de Janeiro nao ouvi nenhuma vez as minhas músicas do mp3 (so no aviao). E aqui em Santiago a Radio Disney é a que mais sintonizo. Na verdade, deixo ligada o dia todo. O problema e que tento cantar e pareco uma maluca cantando sozinha e "errado" .

Cozinhar no hostel nao é sinônimo de pobreza

Um dos pontos mais positivos de ficar no hostel além de conhecer outras pessoas é poder usar a cozinha! E isso em qualquer canto do mundo. Entao, nada de vergonha! E resolvi que era dia de cozinhar.

Sem medo de parecer Amélia eu e as gaúchas, engracadissimas que estao no mesmo quarto, preparamos umas massas. Fui ao mercado, comprei uma caixainha de ravioli e um molho branco a base de champignon. Menos de 2100 pesos (menos de R$ 10 reais e dá para duas refeicoes). Elas optaram pelo bom e velho macarrao.



Para quem nunca usou cozinha de albergue, nao há misterio. Nao precisa se preocupar com os temperos básicos porque geralmente os albergues deixam a cozinha semi-preparada. Mas nao custa nada dar um checada antes de ir ao mercado. A regra principal e a de lavar tudo que usar. Simples assim.  Só cuidado com alguns temperos desconhecidos porque podem ser muito fortes (uma vez estraguei parte de um molho porque nao entendi pelo envelope que era pimenta - estava em hungaro!) e podem tambem estar fora do prazo de validade.


O preparo de um jantar em hostel na verdade vira boas histórias. E o jantar que poderia ser solitário num restaurante se torna quase " a casa da mae joana" .

Um tour pelo Centro


(esse teclado nao tem acento algum, ok?)
Como opto sempre pela caminhada, sai cedo do hostel e fui ao centro de Santiago. Uns 40 minutos de caminhada. O melhor de fazer tudo a pe (ou quase tudo) e conhecer a cidade sem somente passar por ela.

Pelo caminho, ainda bem cedo (por volta das 8h45) conheci a conceituada Universidade Catolica do Chile. Imponente e "dona" de uma estacao de metro. Ate chegar ao La Moneda e com as lojas abrindo as portas, esqueci a proposta inicial de ser uma das primeiras a chegar no La Moneda e comecei a fazer uma peregrinacao por livrarias.

E como isso me diverte. As livrarias sao caras. Muito. Conversando com um vendedor ele me explicou que ha um imposto caro para os livros importados. E todos aqui veem da Espanha. Ou seja, se quiser mesmo comprar livros melhor comprar no Brasil. A menos que os queira em espanhol, como foi meu caso. Nao sei como vou carregar-los na volta, mas ai e um problema para outro dia. As livrarias que visitei estavam na regiao da area do Igreja de Sao Francisco de Assis ate a Plaza das Armas.

Quem for se aventurar a conhece o Centro de Santiago pode preparar um tour para o mesmo dia, comecando pela Igreja de Sao Francisco de Assis, seguindo para o La Moneda, para a Plaza de Armas, para a Catedral e terminar (morrendo de fome) no Mercado Central. Foi exatamente o que fiz hoje - das 8h45 as 16h30 quando cheguei no hostel. E a volta fiz a pe tambem. Mas por outro caminho, outras ruas. E mudei ate o lado da avenida.

Fica a dica: ao andar por Santiago a melhor maneira de nao demorar muito a achar os lugares:  guie-se pelos dois "calcadoes"  - Passeo Ahumada e Passeo Huerfanos.

Um dia maravilhoso numa manha perfeita. Custo? ZERO!

14 de janeiro de 2010

Novela brasileira em Valparaiso


Cheguei a Valparaíso no final da tarde. Para ir até lá, fui na contramao dos guias, que indicam o ônibus. Eu vi que era possível ir de metrô - que no trecho Vina del Mar e Valparaiso é de superfície e eu teria como vista o mar, que tanto encantava o Neruda. Total do percurso: uns 20 minutos

Paguei um pouco mais caro mas valeu a pena. Pelo metrô 1500 pesos (porque o metrô so funciona com cartao e eu nao tinha. O preco do ticket na verdade é 500 pesos. E mais 280 pesos pelo funicular.

A cidade é muito alta. Mesmo indo de funicular (ascensor Espirito Santo) para a parte alta, ainda assim demorei uns 30 minutos subindo até a La Sebastiana, a casa que Neruda tinha em Valparaiso. A minha maior vontade ao conhecer a casa foi mudar pra lá. A temática é o mesma de La Chascona...o mar - pano de fundo da construcao. A vista da sala, do quarto e do escritório dele é a praia de Valparaíso. E as janelas formavam juntas um grande janelao que tem como vista a parte litorânea da cidade.

O mais próximo que pude fotografar do que é a vista da casa dele.0
Nao é permitido fotos no interior da casa

 Sao cinco andares de construcao, o que nao significa que seja um casa muito grande. Na verdade, ela é meio escondida. Diz o audioguia (que há em português) que o Neruda fez de propósito porque se divertia com o fato de nao acharam a casa com facilidade.


No íngrime percurso para a La Sebastiana, um praca indica que se está no caminho certo. Há três "Nerudas" em diferentes posicoes para os turistas, que como eu ficam la abrancando o poeta e tirando fotos.


 


Quem se beneficia com o cansaco em subir tanto (mesmo depois de usar o funicular) sao os donos de bares que chegam a cobrar mais de 400 pesos por uma garrafinha de agua. E nessa hora, vi que estavam todos fixados na televisao que nem perceberam que eu entrei. Fui ver o que era: novela brasileira. Estavam assistindo a um capítulo de A Favorita (aquela que tinha a Flora - Patrícia Pillar). Eles nem piscavam até acabar o capítulo. Cheguei numa péssima hora. Entao, fica a dica: se for a Valparaíso nao se iluda com o Funicular porque ele só vai até certo ponto. E prepara-se para subir. Por isso, ja leve água.

A La Sebastiana tem a mesma administracao de La Chascona. Com isso, os precos dos souvernirs nao mudam em nada. E para entrar na casa, que nao tem guia mas sim audioguias em vários idiomas é 3000 pesos (uns 12 reais). Na entrada da "casa museu" há uma advertência: deixar as bolsas e mochilas num locker logo após a bilheteria. Fui lá já que manda a educacao seguir as normas. Que nada! Primeiro porque nao entendi como usar o locker. Segundo porque tinha que pagar. E terceiro e fator decisivo: ninguém tava usando. Fiquei com receio de deixar minhas coisas ali e fui com mochila mesmo.

Para retornar a Santiago, há uma estacao terminal de ônibus também. Quem a essa hora já estiver muito cansado é só pegar um ônibus, já que a caminhada leva cerca de uns 25 minutos. O bom é que assim se conhece mais um pouco de Valparaíso! Total do percurso de volta a Santiago - cerca de 1h30

Em tempo: A preocupacao com mochila procede e provavelmente tem a ver com o fato de um turista ter roubado uma das bonecas russas da casa La Chascona.

Verao. Praia. Calor...e casacos!







Estava simplesmente fascinada para chegar a Vina del Mar e sentir o mar do Pacífico. Qual nao foi a "surpresa". No funicular do Cerro Cristoban, duas brasileira ja tinham me falado que meu conceito de praia mudaria.

Entao, cheguei preparada. E comprovei. Nada de usar o biquini ou a saída de praia nova comprada para o Pacífico.

Mas aí vem a decepcao. A areia é muito escura e a água nao é para banho. E quem quiser se aventurar a ficar na areia olhando a bela paisagem tem que levar a própria cadeira ou canga ou toalhas porque nao há nada para alugar. Mas há opcoes ótimas. A bela praia de Ranana (leia-se ranhana porque nao tem til para eu colocar sobre o n).



Em Ranana sim, parece que estamos numa praia. E há cadeiras para alugar, embora bem caras - cerca de 2 mil pesos, algo como quase R$ 10. Mas aí nao há uma decepcao, mas uma realidade: a água é fria de doer os ossos. Venta demais e por isso mesmo com um sol lindo de uma dia de verao a vontade que se tem é de se agasalhar. Enquanto estive parada lendo e aproveitando o "frescor" da manha nao vi quase ninguém na água. Entrei só para molhar os pés e tirar uma foto. Nao me atrevi sequer a tirar outra!

Para ir de Santiago a Vina del Mar sem precisar pagar os absurdos pesos/dólares das excursoes a dica é ir por conta própria. Pegar o metrô Linha 1 (400 pesos), e descer em Pajarrito. Há várias linhas de ônibus nessa estacao que levam a Vina del Mar e a Valparaiso. Custo de ida e volta pela Trans Bus compradas juntas  - 5300 pesos. Uma excursao de agência de turismo pode chegar a 4 vezes esse valor. Do terminal de ônibus de Vina del Mar às praias centrais caminha-se por uns 20 minutos.

Para quem nao sabem muito bem a hora que vai querer voltar (se for fazer bate e volta) nao há problema. A passagem pode estar com horário em aberto (e foi o que eu fiz). Quem decidir ficar, vou indicar o hostel que um mexicano ficou assim que ele me disser se valeu a pena ou nao.

Ao caminhar por Vina del Mar tive a impressao de estar numas das muitas cidades litorâneas do Rio de Janeiro. Na verdade, me lembrou muito Rio das Ostras. Pequenas pracas, cidade cheia, muito comercio e pequenos prédios tipicamente para veraneio. E casas lindíssimas! Vale o passeio maravilhoso e que custa pouco mais de R$ 20. E isso com Valparaíso incluso. Mas aí é outro post.





13 de janeiro de 2010

La Chascona - o engenheiro Neruda

Talvez como engenheiro, Neruda merece ser mesmo o espetacular poeta prêmio Nobel. Fui visitar a Chascona, a casa que ele dividia com sua mulher Matilda, em Santiago. Uma amiga já tinha me falado que nao tinha gostado muito do lado construtor do Neruda. Mas eu gostei, justamente porque nao tem muito "pé nem cabeca". Imaginem uma casa que na verdade sao três...depois coloque nela objetos confusos, arrume os comodos como se fossem um labirinto e nao dê a eles espacos harmonizandos. E sim, coloque passagens secretas como forma de diversao. No entanto, coloque a sala de jantar uma grande janela com a imagem de um pequeno córrego passando para dar a sensacao de estar num barco. Assim é a La Chascona!

Para visitar a casa, é bom programar no mesmo dia da ida a Cerro Cristoban, já que é bem perto. Quanto mais cedo chegar melhor porque as visitas sao guiadas e com hora marcada. Os precos variam de acordo com o idioma. Em espanhol é mais barato. Preco da entrada inteira, 2.500 pesos.

Gostei muito da casa, principalmente porque ele a projetou para parecer um barco.Há momentos que o piso range tanto que parece que vai quebrar. Segundo o guia, isso é proposital  para parecer uma "cópia" fiel de um balanco de barco. Nao pude tirar fotos da casa porque sao proibidas. Valeu a visita!

Há fotos de como a casa ficou depois que perseguiram o Neruda por suas conviccoes políticas (as fotos sao de seu caixao sendo retirado da casa).

Em tempo:
- Se quiser comprar livros do Neruda em espanhol, talvez seja melhor procurar uma livraria. Os livros na loja de souvernirs estavam um pouco caros. No entanto, nada supera a criatividade das camisas com trechos da obra.
- La Chascona era o apelido que Neruda deu à mulher, Matilda, e significa a "descabelada".


Morro acima. Funicular morro abaixo!


Uma batedora de perna nao pode vir a Santiago sem " colocar os bofes pra fora" na subida a Cerro Cristoban. Pois mesmo com os avisos de que era muito longa a caminhada morro a cima, lá fui eu! Sinceramente, a vista compensa as quase (ou mais, nem sei) duas horas de caminhada desde meu hostel até o cume. Subi caminhando devagar porque conversava com o costariquenho que me acompanhou na empreitada.E dá-lhe morro acima.

Parei na piscina pública que há depois de mais da metade do caminho.


Descansei e vi que tem uma área específica para piqueniques. Como tenho mais tempo em Santiago do que tive em Buenos Aires, talvez anime de voltar lá. A vista é linda e fico imaginando como de ser no inverno com a neve na cordilheira. Nao consegui ver nada naquela pelo "observartório". Mas a verdade é que Santiago é tao especial que chega a ser uma afronta usar subterfugios para ver aquela paisagem.



Para descer, claro...Funicular. 900 pesos (uns R$3). Depois de tanta caminhada, me dei o direito de deitar e descansar no gramado da Plaza Italia. Gostei tanto da praca que no comeco da noite (o que nao significa estar escuro) voltei lá para ler um pouco. Acabei cochilando enquanto lia.

Quem nao conhece Santiago pode ter um esteriotipo de cidade da América Latina (confusa, suja, muito barulhenta e com tráfego dantescos).Pois nada disso há em Santiago. As ruas sao largas, as avenidas enormes e um sistema de semáforos muito eficiente.


Ouvir as rádio de Santiago é uma boa maneira de se acostumar com o espanhol chileno. No primeiro dia achei que eles nao falassem o mesmo espanho que aprendi. Mas aos poucos, vai se acostumando.


Como "pruebar" de tudo pagando pouco?

A sorte me acompanha -mesmo que possa parecer o oposto! Conheci albergue no dia que cheguei um mexicano chamado Hector e, como falamos pelo cotovelos, saimos para tomar um pisco (a bebida títpica do Chile) que foi o "boas vindas" do hostel.

Como o Hector conhece uma chilena de Santiago, me convidou ontem para sair com eles e o noivo e amigo franceses. Lá fui eu na garantia que falariam em espanhol. E nao me arrependi mesmo sentindo um frio de lascar!

Fomos ao De la Ostia, um bar de tapas espanholas, na rua Corrego Luco. Muito bom! Como as tapas vem em pequenas quantidades experimentamos vários pratos.


Tortillas com ovos e champingon


Camaroes com alhos


Pao com tomate



Almondegas


Pan con chorizos (linguica fininha e bem gostosa)

Eles ainda beberam duas sangrias (e disseram que é fantástica) e a conta ficou para cada um menos de 35 reais, convertendo.

De lá, para nos mostrar a cidade fomos ao Pátio de Bella Vista. É como uma Cobal do Humaitá, só que elegante. Há vários tipo de bares e restaurantes. Escolhemos um que tem milongas ( o tango argentino).

Sobre namorados e sanduiches!

O bom de contar um pouco das experiencias de viagens é poder estimular outros a fazê-las - ou seja, deixar o medo de lado, juntar uma grana e se aventurar. Uma amiga (Lúcia Schimidt) já se empolgou de ir a Buenos Aires. Outro amigo (Nelson Toledo) idem. Tomara que muitos mais sigam o mesmo. Entao, deixo algumas impressoes da linda Santiago:

1 - Para as românticas, nada como sentar na Plaza Itália. Meninas, parece que a Santiago é a capital dos namorados. Como sao muitos os casais nos gramados lindos, limpos e cuidados embaixo de árvores que dao a Santiago um ar de cidade urbana e ao mesmo tempo bucólica. O problema de estar "sola" é ficar lá pensando em como "falta" homem no Brasil! Mas valeu a pena. Enquanto eu pensava na quantidade de namorados, um médico costariquenho que conheci no hostel e que fiz uns passeios hoje falava

2 - É possível comer bem e barato. O mais interessante é perceber que eles se alimentam muito de sanduiches. Mas nao sanduiches comuns como estamos acostumados, mas bem "pousudos".
Conseguindo colocar fotos. Comi um numa sanduicheria na esquina da Chascona (casa do Neruda) e gastei menos de 7 doláres.



Um sanduiche de churrasco italiano tem abacate amassado, queijo, tomate, carne.


Churrasco solo


Sopa do dia (cenoura, carne, repolho, frango...)

3 - Nao achei que Santiago seja uma cidade cara como aparece em alguns guias - e nao é porque tenho dinheiro (!!!), mas sim porque os precos nao sao muito diferentes do Brasil quando convertemos. Comparado a Buenos Aires sem dúvida é mais caro, mas no máximo temos aqui um câmbio quase pareado.

4 - O metro de Santiago cobre toda a cidade. Nao é preciso sequer pegar táxi do aeroporto (a menos que queria pagar mais). Pega-se um ônibus na saída do aeroporto até a estacao de metro mais próxima da hotel/hostel. Lá compra-se um bilhete e em poucos minutos se está no centro de Santiago. Custo total: menos de R$ 10 (R$7,50  (onibus) + R$ 2 (metro).  Sabe quanto o taxista do aeroporto cobra? U$ 24!!! E convence as pessoas dizendo que o percurso de onibus e metro demora 2h30 - uma grande e deslavada mentira!

Em tempo: Nada a ver com viagem, mas pensei: que falta faz ao Rio de Janeiro nao ser mais a capital do Brasil. Assim, talvez fosse mais parecida com Buenos Aires ou Santiago.



12 de janeiro de 2010

O voo atrasou e por minha causa! Putz!

(outro teclado, outro suplicio, ok?)
Cheguei ao Chile. Ver os Andes pela janela do aviao se tornou uma das vistas mais bonitas que ja vi. Mas como nao da para fazer algo sem que outra coisa "anormal" aconteca. Vamos la!

Juro que dessa vez meu gorila foi por um bem maior. Estava no aviao sentadinha na minha poltrona rezando para que nao chegasse ninguem e eu pudesse dormir deitada nas 3 poltronas da minha fileira. Bem, chegou um cara. Brasileiro. Carioca.Falamos do Rio ja que cariocas quando se encontram so falam do Rio. Falamos pouco ate que...papo vai, papo vem ele me perguntou sobre viagens. Pronto...estavamos conversando ate que ele disse: " Mas ue, voce vai viajar pro Chile e esta indo para o Rio de Janeiro por que?" . Jesus. Deus do Ceu. Virgem Maria! E todos os santos do mundo. Pegar o aviao errado se torna uma catastrofe - pior que tsunami - quando se esta voltando para casa de umas ferias que nem comecaram direito.

Levantei correndo como desesperada mesmo (e estava assim!!!) atras da comissaria. O voo ja estava para decolar. Todos pronto. Eu tentando falar e ela dizendo para eu falar depois. - e eu estava de meias no meio do corredor do aviao com as pessoas olhando. Mas ela me disse: " quem falou que esse voo vai para o Rio?"

Minha tendencia a pagar mico tem limites - voo errado nao! Como ja estava tudo pronto para decolar, pararam tudo. Desce o carioca mais perdido do mundo, que gracas ao meu gorila nao veio para o Chile (sinceramente, acho que teria sido melhor pra ele). E o voo precisava de uma nova autorizacao. Nisso, uma passageira p. da vida porque atrasou ficou me olhando. Paciencia!

Minha fileira estava vazia novamente. Deitei com meu travesseiro " presente de uma amiga". Me senti na primeira classe e...Chile, cheguei! Quanto ao conterraneo, nao faco nem ideia do que aconteceu e quando conseguiu um voo para voltar para o Rio!

11 de janeiro de 2010

Entre Tigres e Parrillada - minha "ultima" noite em BsAs

O dia ainda estava a pleno vapor já que no verao escurece mais tarde, e por isso, o Gustavo achou que como o dia tava lindo, valia a pena conhecer Tigres, uma cidade pequena muito perto de Buenos Aires. A cidade fica às margens de um "entrocamento" do Rio Paraná. Como eu várias vezes cruzei o Rio Parana quando viajava para o pantanal sulmatogrossense, entao valeria a pena. Lá fui eu!

A cidade é o passeio de final de semana das famílias de Buenos Aires. Valeu muito a pena. Os hostel tem pacotes e os precos sao em media de 150 pesos (uns R$ 80 em cotacao atual). De carro, há um pedágio de 3,30 na ida e na volta. Leva uns 30 minutos para chegar, saindo da Recoleta.

Há artesanato para vender, restaurantes e uma vista linda do Rio Parana. Para quem nao sente " mareos" como eu, vale a pena o passeio de barco. E lá vi uma iguaria que lembrei da Letícia, uma amiga blogueira da área de gastronomia. As " frutas do amor", digo, aquelas como maca, uva, morango e afins...sao passadas no tal melado e depois em PIPOCAS!!!! Ou pochoclos, como eles dizem...
Se comi? Nao...nao ia arriscar quebrar um dente!

Deixei para comer a tal parrillada. Despedida com chave de ouro. Sim, quebrei a cara. Nao tinha comido ainda porque achei que fosse como churrasco. Nao. Nao é como churrasco. A carne nao é tao temperada e derrete na boca. Cada parrillada tem um corte diferente, e é esse corte que determina o nome do prato.
Como chorizo é linguica em espanhol, achei (sinceramente, parecia obvio) que parrillada de bife de chorizo fosse de linguica. Fiquei imaginando como se tiraria um bife de linguica, mas nada é impossível para um argentino (afinal, eles foram para a Copa nos 46 do segundo tempo).

Que nada. Chorizo é linguica. Bife de chorizo é o corte - ou seja, e um pedaco de carne. E é bom. Muito bom sim, servido com provoleta, uma espécie de provolone assado servido como guarnicao a parte e batatas frita. Claro que todos bebem vinho (e até tentaram me convencer). Experimentei por educacao e ...fiquei com a minha boa agua.
O restaurante que comi se chama El Gaucho, Peatonal Lavalle 876.


Um dia ligada no 320!

Como meu dia rendeu!
Eu segui as dicas de amigos que foram a Buenos Aires. E todos falaram de San Telmo e de Puerto Madero. Entao, mesmo tendo dormido pouquissimas horas (uma constante desde que cheguei), acordei cedo e lá fui eu para a feira de San Telmo. Nao é tanto para comprar, como o Zilvan já havia me dito. Mas para ver as antiguidades e rir um pouco, além de ver show de tango de graca. Ótimo mesmo! Lá, comi uma empanada maravilhosa no super cheio El Desnivel, na Defensa 885. Vale a pena. E os atendentes sáo otimos. Até tirei foto deles - me pediram!

Um chuva rapida caiu e aproveitei para conhecer o mercado municipal, que fica na rua Defensa também. Ou seja, percorri a manha toda essa parte da cidade. Fui andando, entao nem sei dizer que onibus deve-se pegar para chegar. Uma caminhada curta, cerca de 40 minutos. No caminho passei no famoso café Tratoria, mas fui para ver mesmo. Muito caro!

No final da tarde, lá fui eu para Puerto Madero. O argentino que virou meu amigo me levou. Lindo o lugar, restaurantes ótimos mas eu quis mesmo era continuar "caminhando". E acabei indo conhecer o Hard Rock de Buenos Aires. Sai de la e ainda estava muito claro. Eu ainda tinha pilha para muita estrada!



Em BsAs querendo matar os estagiários!!!

Tenhos dois estagiários fanáticos por futebol (inclusive eles tem um blog http://www.futebolnaterradarainha.blogspot.com/) que me pediram para trazer umas camisas. Claro, sem grilos. E là fui eu. Como eu já sabia que iria percorrer a cidade toda o máximo de tempo possível. Topei. E por conta disso, acabei conhecendo mais de Buenos Aires do que queria...!!!

Todos as noites aqui eu dormi menos de 4 horas. Tenho a péssima mania (para alguns) de minha bateria nao descarregar. Entao, como criança, quando viajo quero aproveitar cada momento, e nao dormindo. Beleza.
Acordei cedo e fui caminhando pela cidade sem muito destino. Sabia que deveria ir numa direçao. E seguir linha reta nao é nenhuma anormalidade, mesmo que as vezes cortando ruas, percorrendo perpendiculares...Ficava num " ir e vir" interminável.

Fui a livraria El Ateneu - dica da Monica Sousa (minha amiga homonima e viajante também) e fiquei mavavilhada com a classe da El Atenteu, da rua Santa Fé. Um antigo teatro. Lembrei demais da Lúcia Schmidt porquer acho que ela precisaria de um dia inteiro para se sentir pronta a deixar a livraria.
Comprei uns livros e continei a andança.

Tive a informaçao de onde os argentinos fazem compras. Peguei um onibus e là fui eu. Só que a área é bem afastada. Jesus! Mas tava valendo. Desci, vi as outlets que estao no outro post. Infelizmente o que eu procurava nao tinha. Mas procurando uma coisa sempre se encontra outra. E ai...

Eu descobri que tinha deixado todo o dinheiro no hostel!!!!! Ou seja, nao tinha nada para pagar meu onibus de volta. Meu primeiro impulso foi querer bater em mim mesma por tanto descuido (eu sou muito aérea, mas assim já é demais). Depois queria estrangular Márcio, Igor e o amor da minha vida, meu sobrinho, que só querem camisa com  nome de jogador atrás!

Aí me dei conta de que tinha 100 dólares. Ótimo, pensei: " passo numa casa de cambio e troco". Mas aí...era sàbado. As casas de cambio estavam fechadas nessa regiao, que nao é nada turista. E nem mesmo. Nao sentei e chorei!. Nisso também há um lado bom. Se tá ruim nem dá jeito de chorar. Ótimo. Vou conhecer toda Buenos Aires e da-lhe pernas.

Desci. Virei. Me perdi e voltei. Vira daqui, vira dali...Cheguei a Palermo. Tinha a feirinha da manha de sabado, ao menos. Mas fiquei pouco tempo, afinal...sem um tostao! - la tambèm as casas de cambio estavam "cerradas". E a fome chegou.... Cartao de credito eu tinha, graças a Deus.
Comi. Descansei. Já estava nessa hora rindo de mim  mesma e pensando: ótimo, a Lúcia e a minha irma terao muniçao para dizer: Monica, vc é aérea demais! E outro amigo, o Camilo, me dizendo..vc é doida!

E là pelas sei lá que horas...cheguei ao hostel. ACABADA!!! Mas ainda tirei fotos pelo caminho. Quando foi se aproximando do Obelisco me dei conta de que estava já "perto" do hostel e que nada é tao ruim assim. Fiquei alegre, ou melhor...boba alegre e me perdi de novo por uns minutos e fui parar na autopista. Otimo. Virei e voltei.

Quando cheguei no hostel já nao sentia meus pes, que ainda bem estavam com havaianas e nao com meu tenis novo!!!
Em tempo: depois que contei pro Gustavo (o amigo argentino que fiz aqui) a saga do dia...veio a pergunta:
?Monica, por que no llamasteme? Depois eu mesma pensei: por que nao peguei um táxi como fiz em Budapeste e falava que ia no hostel pegar? Acho que inconscientemente e estupidamente, eu queria bater-perna!

Gente bonita, bons bares...Palermo a noite!

Saí maravilhada do show de blues e jazz e como a noite em Buenos Aires só termina de manha, fui conhecer a noite de Palermo. Na altura da Rua Serrano (onde tem a feira de sabado e domingo) hà varios bares. Todos com mesas e cadeiras nas calçadas também, o que me fez lembrar muito dos bares do Rio de Janeiro.
Gente bonita...uma balada/noitada como as que estamos acostumados no Brasil.

Até me arrisquei a tomar uma bebida diferentes a base de chocolate. Mas dois goles foram suficientes para experimentar, gostar, agradecer e nao querer mais. E sentir minha cabeça rodar por alguns segundos. Ou é efeito placebo, já que o garçom garantiu que tinha muito pouco alcool!

Depois, de carro conheci a cidade a noite. Linda. Linda. Linda. Me lembrava todo o tempo do Rio e de como pode ser se nao tiver o medo a cada esquina. Buenos Aires simplesmente sem praia, é como Sao Paulo, só que mais bonita!

Na "nigth" de Buenos Aires...nada paguei!

Nessa segunda noite nao queria ficar no pub do hostel (Fusion) - que por sinal é muito bom e frequentado por argentinos, já que fica na Florida, um dos pontos mais movimentados.
E fui convidada a ir a um show de Blues e Jazz  Topei na hora.

Blues & Jazz en la Manzana. Um show de Don Vilanova e outros músicos ótimos. As músicas cantadas em espanhol na maioria das vezes. O lugar se chama Manzana de las Lunes, na rua Peru 294. Há programaçao sempre. O lugar é super simples e ao ar livre. Nada de paredes. Imagine o quintal de uma antiga contruçao (1810) onde colocaram uns bancos e montaram o palco.  E deve ser barato. Deve? Sim, explico: nao me deixaram pagar. Fui com um amigo argentino (Gustavo) que fiz aqui e que virou meu guia. Entao, ele me presenteou. Juro que tentei pagar. Palavra!

A noite estava belìssima (dei muita sorte, um calor ameno em Buenos Aires. Noite com pouco vento e céu limpinho). Sentei, ouvi e adorei. Como me diverti com as letras das músicas (sem dúvida " saber" espanhol é uma " mao na roda" quando se viaja por aqui.)

Comprei até um cd do grupo por 30 pesos e vou presentar meu pai com ele - adoro dar presentes que vou poder usar...!!!!!

Sangue nao e nada perto de Andy Warhol, Evita, Sorvete Freddo...

Decidi ir ao Cemitério da Recoleta depois que um amigo ( Zilvan) me falou bastante bem dessa área da cidade e, como queria ir ao Malba, achei que era o programa a se fazer. Ótima decisao...
Mas resolvi ir a pé!

É longe. Na verdade, bem longe. Mas lá fui eu toda "serelepe",  feliz da vida ouvindo rádio local. Tanta felicidade gera descuido e só percebi que tinha parado de olhar o mapa depois que já tinha andado muitas quadras (tudo aqui se mede por quadras) da Avenida 9 de Julio, quando me dei conta de que estava no sentido oposto!

Tá. Estou de férias, volto e continuo andando. Cheguei ao cemitério, fiz o ritual Evita. Sentei porque minhas pernas estavam em petiçao de miséria e de lá iria ao Malba, afinal há um exposiçcao do Andy Warhol e valeria a pena. Mas pelo mapa (sim, desconsiderei a escala) e achei que fosse perto.
Que nada! Jesus...eu cheguei lá com as meias sujas de sangue. Parece escatológico e é! Meu tenis é novo e machucou bastante nos dois pés, na parte de trás.

Mas valeu a pena. Muito a pena. O museu é pequeno. Dois pisos e um subsolo. Com carteirinha de estudante do Brasil mesmo (antes que pensem que burlo a lei, explico: ainda tenho a do mestrado que segue firme e forte ate o final de março) paguei 9 pesos. Acho que vale a dica: aqui nao se preocupam muito de ser a carteirinha internacional de estudante, que custa bem mais caro.

Vi as obras do Andy Warhol, o autoretrato da Frida Khalo, uma pintura do Diego Riviera e o " Abapuru" da Tarsila do Amaral.

No meio do caminho de tudo isso...um sorvete Freddo. Mesmo sendo uma franquia espalhada pela cidade, os pontos tem preços diferentes. Entao, se numa pode custar 5 pesos um mini mini copo..em outros pode começar por 12 pesos. Paguei 15 numa mega "casquinha" com dois sabores: doce de leite e morango. Simplesmente divino!

Vao comprar algo? melhor as outlets!

Ainda sobre compras, só para finalizar essa parte (já que só comprei as encomendas de amigos), uma boa dica é fugir da parte turistica da cidade. Sim, eu fui a outra parte da cidade e isso é outro post - de como fui parar lá!

Mesmo que Buenos Aires seja uma cidade playground para compras, sempre é melhor economizar o máximo possível. Entao fica o aviso: MUITAS outlets na Av. Cordoba na altura da rua Armenia e Scalabrini. Nao tem erro. Para quem vai seguir para essa área, o onibus 140 passa na avenida Cordoba. Há lojas Adidas, Pumas, Reebok, Nike, e grifes femininas também e algumas outras que parecem famosas pela quantidade de pessoas se acotovelando para entrar.

Em tempo: Uma boa dica é nao trocar todos os dólares que tiver trazido. Há perfumarias que estimulam o uso da moeda americana e tem a seguinte promoçao: se comprar em dolares, a cotacao chega a 4,30. Um bom estímulo já que o cambio da moeda pode chegar no máximo esses dias a 3,80. As perfumarias estao espalhadas pela Florida e Santa Fé. Nao tem como errar. Comprei um perfume Noah nessa cotaçao ele me custou 32 dólares. No Brasil chega a custar mais de 150 reais!!!

Quem converte se diverte!? Sim, mas nem sempre!

(outro teclado e outros pontos...ok?)
Sim, é verdade que Buenos Aires é a disleylandia dos adultos! Comprar aqui realmente enlouquece as consumidoras de plantao. Roupas, acessórios, cosméticos e calçados sao realmente baratos. O que nao significa que todas as converçoes serao maravilhosas... Mesmo assim, quem quiser comprar, melhor reservar um dia só para compras. E o ideal é a regiao da rua Florida e adjacencias. Embora parte turistica é bem central, fácil e encontrar e muito muito muito em conta para alguns produtos.
Mas para alguns....

Sou bastante fresca para bebidas. Gosto mesmo de uma boa água e de um suco de laranjas...E aí...Pode estar o vilao portenho. Um suco de "naraja" que custa 6 pesos na verdade é o que chamamos no Brasil de laranjada - sim, aquela água com resquícios de que um suco passou por lá. Depois de comentar sobre o suco, fiquei sabendo....o suco que temos costume de tomar, se chama aqui de esprimido...E custa 15 pesos!!!! Ou seja, uns 7 reais!!!!

Isso nao é só para sucos, mas para água também. Um garrafa d´agua pode custar 8 pesos num restaurante. E chega (em casos baratos) a 3 pesos em lanchonetes. Convertendo, fiquei no prejuizo nesse sentido, afinal sao minhas bebidas habituais!

9 de janeiro de 2010

Na La Bomboneira...pensando no time alheio!

Como uma boca batedora de perna, ignorei o conselho do policial e fui andando para o Boca. Explico: ele achou que fosse muito longe andar mais de 40 quadras (palavras dele, confesso que nao fiquei contando). Tudo bem que ele nao conhece minha capacidade de xeretar e querer conhecer a cidade mesmo me perdendo. É incrível a minha pouca capacidade de entender um simples mapa!

Mas tá lá. Ouvindo rádio local caminhei até o famoso estádio. Na calçada tem as pegadas dos principais jogadores do clube. Maradona tá logo na entrada. A loja que dá boas vindas aos turistas parece, na verdade, um santuário ao jogador. Com 20 pesos paga-se uma visita express ao estádio. Com alguns pesos a mais pode-se conhecer o interior do estádio e o museu. Confesso que nao me interessou.

Assim que entrei no estádio pensei no LDU e no sofrimento da minha mae e de amigos tricolores (coitados). Nada a ver?  Sim Igor (um amigo fanático!), ganhar do Boca na La Bomboneira é um feito merecedor de títulos. As cadeiras ficam a poucos centímetros (sério mesmo!) do gramado, que é divido por um pequeno alambrado. Um estádio pequeno, simples que me deu a impressao de ser menor do que quadra ginásio - mas cercada por arquibancadas! E pensei na frase clássica de alguns amigos "o Fluminense ganha do Boca na La Bomboneira e perde para o LDU em casa!!!!!".

Em tempo:
Nao quero parecer um vira-lata que se acha a pior espécie do mundo, mas andando de onibus aqui fica evidente o quanto os nossos sao ruins. Mas o importante de anotar é: se nao tiver moedas nem tente entrar num onibus em Buenos Aires. O motorista nao é cobrador. Ou seja, há uma máquina e ela só aceita "monedas". Separe $ 1,25...Se nao, reze para no ponto de onibus ter um funcionario que venda tickets ( nao é sempre que se encontra um, mas tive essa sorte - as vezes ela me sorri!).

Os táxis oriundos do aeroporto nao ligam o taxímetro. Nao ache que está sendo enganado. Como é fora da cidade, eles tem precos fixos. Ao contrário de tudo que me disseram, tive ao menos sorte com o taxi. Nada de tentar trocar o dinheiro por nota falsa ou afins... No entanto, em Buenos Aires o taxímetro é ligado (e barato!)

Entre o furto e o mosquito..amei Buenos Aires -

É. Se Buenos Aires tivesse praia disputaria com o Rio o título de cidade maravilhosa! Amei a cidade. As pessoas, o espírito e, principalmente, a vida da capital portenha. Ainda bem que esse foi meu sentimento nesse primeiro dia porque nada tirou meu humor (embora tenha xingado alguns palavroes). Vamos ao normalíssimo jeito Monica Sousa de ser.

Cheguei em Buenos Aires por volta da 1h da manha. Peguei um táxi sozinha e paguei 108 pesos (o equivalente a uns 50 reais). Seria normal, se assim que entrei no táxi um mosquito nao tivesse me picado na boca e de repente eu estivesse com lado esquerdo da boca ligeiramente inchado. O ligeiramente foi mudando ao longo do percurso, a ponto do taxista sacar seu kit SOS e me ajudar com um produto para queimadura (era o que tinha !!!). No desespero. Lá tava eu com o remédio para queimadura na boca. Incrível como seu saio do Brasil pela segunda vez e sou "sorteada" pelos insetos....Entao, fica a dica: se for a Buenos Aires repelente urgente!

Parou por aí? Claro que nao!!!

Fui furtada pela primeira vez num hostel! Pegaram minha "necesarie" milimetricamente montada para meus 12 dias de viagens. Terminei meu dia sem sequer desodorante! Mas o pior foi perder uma tornozeleira xodó que ganhei de uma grande amiga!!!

7 de janeiro de 2010

Como é viajar com câmbio favorável?


Ser uma alma viajante num bolso de jornalista subentende-se ser comedida nas compras e se permitir experiências! Mas aí hoje, no dia do meu embarque para merecidos dias de descanso... A Débora, uma colega de trabalho quando soube hoje que eu ia a Buenos Aires se empolgou toda..."Mônica, você vai poder comprar muito!!!" E me deu a ótima notícia: o peso argentino está mais de R$ 2. Para ser mais exata, está R$ 2,18


Em tempo: acho que vale muito a pena dar uma olhada no matraqueando e ler os posts sobre Buenos Aires. Deixo os links.
http://www.matraqueando.com.br/buenos-aires-10-motivos-para-ir


Mas a verdade é que a ÓTIMA notícia é que vou poder viajar sem me preocupar tanto com o câmbio - experimentar ao máximo a culinária "hermana" e seguir as dicas que a Letícia deixou aqui no blog.
Pela primeira vez viajo para um país com câmbio favorável! E aí...fico me perguntando em que momento do meu dia vou me dar esse "luxo". Não sou de compras, mas de andar o dia inteiro. Só que realmente fiquei pensando: então, consigo gastar menos e, mesmo viajando, economizar para a próxima. Devo realmente não ser muito normal! 

4 de janeiro de 2010

Buenos Aires e Santiago -12 dias por R$ 1.396



Alguns acham que precaução é pensamento negativo...Cada um com seu cada qual a parte, fiz meu seguro de viagem. Com ele, fecho o meu planejamento. E ainda assim, muito em conta. Considerando que não vou ficar correndo de um canto para o outro com aquelas excursões malucas e que programo o que quiser para os meus dias, passar 12 dias entre Argentina e Chile por conta própria não é nada caro por R$ 1.396!

E pra finalizar, é sempre bom checar o programa de milhagem da cia aérea - antes do embarque, SEMPRE! É bom lembrar que as milhas só são creditadas se o cadastro ocorrer antes do embarque. Para quem vai viajar pela Argentina Aerolineas, fica a dica. Lembrando que eles chamam na página em português de "programa de passageiros frequentes".

Fechando orçamento aéreo + hospedagem + seguro: R$ 1.396!!!


Aéreo: R$ 1.100 (Rio/Buenos Aires - Buenos Aires/Santiago - Santiago/Rio) - em 5x


Hospedagem Buenos Aires: U$ 44 (cerca de 80 reais) - total para 4 noites


Hospedagem Santiago: US 84 (cerca de 152 reais) - total para 7 noites
 
Seguro viagem : R$ 64 - 12 dias (cobertura ampla)