17 de janeiro de 2010

Até onde pernas curtas podem ir?

Caminhar por Santiago é quase uma obrigaçao para quem está a passeio na cidade. E confesso: caminhei tanto na ida sem me dar conta da volta, que precisei voltar de metrô! Resolvi que ia conhecer uma outra Santiago indo desde a Providência ao bairro Quinta Normal, que é o outro extremo da cidade. Ou seja, ia cruzar mais da metade de Santiago a pé, seguindo o máximo por "linhas retas".

As ruas sao um convite a parte, além dos dias lindos e de calor que fazem em janeiro. Caminhando cruzando por parques lindos, como a Plaza del Aviacion, despois da Plaza Itália e o Parque Forestar cheguei ao Cerro Santa Lucia. Uma caminhada que vale muito a pena e que demora muito pouco - cerca de 30 minutos para chegar e outros 20 minutos para subir.


Vista do Cerro Santa Lucia - centro de Santiago


Dessa vez resolvi subir ao cume do Santa Lucia. Nada mal para quem estava apenas começando o dia. A vista de Santiago é realmente bonita, mas nao pode ser uma substituiçao da vista do Cerro San Cristoban, bem mais alto. A entrada é gratuita e o máximo que se pode gastar é na moeda de 100 pesos (uns R$0.70) para o observatório.  Há lá em cima, claro, espaços ótimos para descanso e acabei me dando o direito de deitar e ler um pouco num banco em baixo de uma árvore - bem pouco mesmo já que cochilei e acordei com a barulhada de uns brasileiros que tinham acabado de chegar.

De lá, segui para a área Central da cidade e fui novamente ao La Moneda. Fechado. Explico: de acordo com um dos seguranças por causa de vandalismo de alguns nas visitas (como sujar paredes, riscá-las) está temporariamente suspenso as visitas). Como estava fechado e estava começando a ter fome, fui novamente ao Mercado Central para experimentar outra comida típica do chile. Como o Ceviche, mas dessa vez 1/2 porçao (2.500 pesos - uns R$ 10). Sinceramente, nao gostei muito embora todos indiquem.



Na continuaçao da empreitada do dia, acabei olhando para o alfajor e nao resisti. Que seja a sobremesa argentina no Chile.


E aí começam minhas andanças atrás da outra Santiago. Da menos turística, da menos limpa, dá menos organizada e nem por isso, menos linda. Poucos minutos depois do La Moneda, seguindo pela Avenida Libertador Bernardo O´Higgins já se começa a perceber as transformaçoes. As avenidas e ruas, embora ainda muito largas, dao lugar a camelôs, a sujeiras nas ruas (nada que seja patológico), comércio mais simples, lojas mais baratas e mais barulho. Como é uma área menos frequentada por turistas, é possível perceber a verdadeira cara chilena.

O comércio popular de Santiago - longe da área turistica

Uma feirinha local de artesanato - Av.  Libertador Bernardo O´Higgins


Estaçao Central - longe da
E caminhei. Caminhei. Caminhei até a Universidade de Santiago do Chile, que fica na Estaçao Central do metrô. Nao havia mais pra onde ir. Ou seguiria para dentro de muitos bairros e o mapa que eu tenho termina nesse ponto. Ótimo entao. Hora de voltar. Voltei margenando por outras ruas e segui para outra regiao da cidade, que em pouco minutos me levava para o Parque Quinta Normal.

 Familias a vontade numa tarde ensolarada. O parque parece ter mais vida que o Central - menos turistas

Um belo parque nas proximidades do bairro Brasil. A essa "altura do campeonato" eu realmente já estava bastante cansada e para resguardar meu maior patrimônio, voltei de metrô, já que a Quinta Normal é estaçao terminal da linha verde de metrô. Já era tarde quando voltei, embora com dia claro (no verao, às 21h e ainda há sol!)

A trilha sonora do dia foi Lucy in the Sky with Diamond, que ouvi na rádio local. Custo do dia? 400 pesos para o metrô de volta.




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