2 de maio de 2010

Entre a vila de pescadores e o paraíso hippie

Há tempos não ouvia Raul Seixas, e não havia lugar melhor pra isso do que Trindade. O vilarejo que se metamorfoseia entre uma vila de pescadores e paraíso hippie é tão perto do Rio de Janeiro que chega a ser inacreditável que o local ainda guarde as características de um lugar no meio do nada.

Como chegar: Chegar a Trindade não é fácil. E os abusos das concessões de transporte se tornam evidentes. No meu caso, saí de Volta Redonda por causa de um trabalho (nesse caso, paguei menos e fui pela empresa Colitur). A estrada para quem vai por Volta Redonda é muito ruim. Ônibus sem banheiro. Percurso árduo: Volta Redonda até Perequê. Perequê até Paraty. Paraty até Trindade.


Saindo do Rio de Janeiro, a única empresa que faz o itinerário é a Costa Verde. A passagem é abusiva, considerando a distância. Cerca de R$ 55 até Paraty.
De Paraty pode-se pegar vans ou ônibus, no valor de R$ 3 e seguir até Trindade. O vilarejo tem uma estrada pouco segura, confesso, e ir até lá por meio de transporte coletivo só mesmo pelos regulares da prefeitura - os únicos permitidos.

Onde se hospedar: Há várias pousadas e alguns albergues. Nada de resorts, o que para mim é um dos maiores atrativos de Trindade. Nada contra luxuosos espaços, mas não combina com a simplicidade do vilarejo. O Hostel World tinha poucas opções. Procurei também no Hoteis.com. O melhor é procurar no Google mesmo, embora eu tenha encontrado poucos blogs com dicas de hospedagem. Minhas duas referências em Trindade. Pousada Beija-Flor e Kaissara Hostel.

O que levar:

1- Dinheiro - Trindade é um local mesmo de descanso e prática de surf. Não há bancos e algumas pousadas não aceitam cartões de crédito ou de débito. Há uma venda chama de Mercado Central, que mais se parece com aquelas mercearias de novelas antigas. Se procurar algo que não haja ali, provavelmente não vai encontrar em canto algum. Até mesmo para encontrar restaurantes que aceitem cartões é preciso paciência. Logo, melhor levar dinheiro para lá - coisa que não fiz!
2- Repelente. Comprando um lá spray custou cerca de R$ 9.
3 - Lanterna. Agora já há alguns postes nas ruas com iluminação pública. Mas para os que queiram ir às praias a noite para lual ou para beber alguma coisa, a escuridão assusta.
4 - Casaquinho. Mesmo no verão, a noite é comum esfriar um pouco.
5 - Em Trindade a roupa clássica é a de praia mesmo. Até para quem espera se aventurar pelas trilhas, elas dão acesso às praias e cachoeiras então não há porque estar vestida de outra maneira. Tênis é praticamente para saídas a noite e assim mesmo se não for a praia. Peso extra na bagagem para uso tão restrito. Melhor mesmo chinelos.

*Crédito da foto: Kaissara Hostel

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