29 de maio de 2009

" A la" Júlio Verne...quanto custa uma volta ao mundo?

Como para sonhar não se paga, já começo a pensar num mochilão "volta ao mundo". Mas estou um tanto longe de poder viajar por meses. O que não me impede de já ler bastante sobre isso e acompanhar blogueiras que já fizeram (ou estão fazendo) a tão sonhada volta. Tanto que numa viagem a Praga me rendi à tradição e tasquei as duas mãos nas duas partes da estátua de São João mesmo sem acreditar em santos milagreiros. Mas vai que minhas crenças estão equivocadas? rs

Para quem tá na net catando informações sobre viajar bem e barato, acho que vale muito a pena o post da Cecília no http://www.viajeaqui.com.br/ porque ela dá umas dicas de como planejar os gastos de uma volta ao mundo.

Como o blog pode um dia sair do ar ou coisa do gênero, nesse caso prefiro transcrever aqui.

Quanto dinheiro é preciso pra fazer uma viagem de volta ao mundo?
De Mochila - 23/05/09
Não é a primeira e, certeza, não vai ser a última vez que me perguntam isso, mas, pelo menos, agora eu tenho o link da resposta. A Dani já tinha pedido e, no post passado, reiterou: “Cecília, conta aí quanto é que se gasta numa viagem dessas.” Conto. Verdade verdadeira é que, bem que eu gostaria, mas é praticamente impossível responder a essa pergunta tão diretamente assim, simplesmente porque depende de... bem, de tudo. Tá que você quer passar um ano, mas:
1. Que países você vai visitar? - os gastos são muito diferentes se você pretende concentrar sua viagem na Europa ou na Ásia; na América do Norte ou na do Sul. Se vai gastar US$60 por dia na Suécia, não vai gastar nem um terço disso, comendo melhor, e com mais conforto, na Tailândia. Portanto, procure saber o custo da alimentação, acomodação, passeios e transporte nos seus destinos. Guias de viagem (em papel ou cibernéticos) ajudam muito nessa hora. Lembre-se de considerar a que países está indo em alta e baixa temporada.


2. Qual o grau de conforto que você requer? - você pretende acampar? Está disposto a ficar em albergues e dormitórios ou quer um negocinho mais ajeitado? Vai com mais alguém, pra dividir quarto? (Por mais defensora que eu seja das viagens independentes, tenho que admitir que essa é uma das três desvantagens em que consegui pensar até agora numa viagem desacompanhada: não ter com quem dividir a conta do quarto. As outras duas são: não ter quem passe filtro solar nas suas costas e não ter quem tire fotos pra você aparecer. Resultado: bronzeado exclusivamente frontal e infelizes fotos de braço.) Na Europa, EUA e Oceania, companhia não faz tanta diferença, já que sempre há dormitórios disponíveis. Mas, na Ásia, praticamente todo quarto é privado e, se o valor que eles cobram para duas pessoas não é exatamente o mesmo que cobram para uma, pelo menos é bem parecido. Além disso, tente cozinhar no albergue, quando houver cozinha disponível. Dá pra economizar um bom dinheiro assim.

3. Como pretende se locomover entre um destino e outro? - tem gente, como o assíduo Jotace aqui do blog, que opta pela passagem RTW (Round The World) – leiam o roteiro e a aula dele a respeito na caixa de comentários aqui-, tem gente, como eu, que prefere ver pra onde o vento sopra e ir comprando os bilhetes conforme resolve o que vai fazer. Para a minha viagem, também, conta o fato de que praticamente toda essa parte que envolve Ásia e Europa, eu vou fazer por terra. Essa segunda opção costuma sair mais cara, mas a primeira te limita um pouco. Por outro lado, nela você já sai do Brasil com o transporte praticamente todo quitado.

4. Você pretende trabalhar enquanto viaja? - Claro que isso faz toda a diferença, afinal estamos falando de dinheiro. A decisão de trabalhar come um pouco do seu tempo, se ele é limitado, mas arrumar um emprego vapt-vupt em algum albergue, promovendo o lugar, ou fazendo limpeza duas horas ao dia, em troca de acomodação e às vezes até refeições pode ser uma boa alternativa para cidades em que você pretende passar um pouco mais de tempo. Austrália e Nova Zelândia, por exemplo, têm oportunidades assim pra dar e vender.

Pra eu não parecer vaga, vamos a uma resposta mais prática. Claro que, como algumas pessoas se orgulham de fazer, é possível viajar pela Europa com menos de US$15 ao dia, mas, pra mim, não é muito razoável. Você consegue isso comendo pão com mortadela em todas as refeições e deixando de visitar o Louvre. Se for pra ser assim, é melhor ficar em casa. O mais provável, portanto, numa viagem abrangendo países diferentes e que se equilibram em valores, é que você gaste, ao menos, US$35 por dia, não incluindo as passagens, e sem exageros, mesmo que sem muitas privações.

Duas últimas observações: tente ter sempre uma reserva para casos de emergência (desvalorização da moeda, roubo...), nem que a emergência seja só uma mudança radical de planos. No mínimo, imponha uma margem de segurança aos seus cálculos. Os imprevistos nunca nunca vêm pra fazer dinheiro sobrar, só faltar. Além disso, tenha controle rigoroso de seus gastos. Se você pretendia gastar uma média de US$40 por dia em determinado lugar, mas tem extrapolado o valor com frequência, trate de começar a se policiar, ou corre o risco de ter de voltar pra casa mais cedo que o programado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário