25 de março de 2009

Entre a vontade e o medo, eu sigo...

Quando uma mulher diz que viaja sozinha, uma série de adjetivos surgem sem a menor cerimônia: corajosa, independente, desprendida, solitária (...) Então vamos lá: não sou NADA corajosa, minha independência se resume ao que é essencial a qualquer pessoa (trabalho, decido o que quero e o que não quero, como o que gosto....enfim, nada que outros não façam - ou devam fazer). Também passo longe de ser desprendida. E quanto ao solitária, há uma séria confusão entre querer e conseguir ficar/sair sozinha e ser solitária, o que definitivamente está longe de acontecer.

O que temos (todas nós, que saimos por aí com mochila ou "rodinha") é VONTADE!!!
Deixemos então esse reducionisto simplório pra lá e que cada um tenha a coragem (aí sim) de fazer o que tem vontade. Quando se resolve ir ao cinema sozinha não é porque se tem coragem de sair em pleno Rio de Janeiro, mas simplesmente porque se quer assistir a um filme. Só isso. Nada demais.

E se o problema é ficar sozinha, então saibam: viajantes conhecem muitas pessoas pelo caminho. E essa é uma das melhores partes da viagem. Tenho duas grandes amigas mexicanas (Rocío e Lucía) que conheci num bate-volta em San Sebastian, na Espanha, há 3 anos, e de lá fomos a vários lugares juntas. E um americano (Tommy)que conheci num albergue de Olinda e quando estive em NY nos reencontramos num happy-hour ótimo no Village. E muitas outras histórias ótimas de amizade...

Li o blog Saia Pelo Mundo (Mari Campos) http://viajeaqui.abril.com.br/blog/mulheres-viajantes-seus-medos-154986_comentarios.shtml?7536578 e é bom saber que o sentimento de FAZER O QUE SE TEM VONTADE é algo comum entre algumas mulheres...Não mais corajosas ou independentes, mas apenas elas mesmas.

E fica ai um trecho do Amyr Klink destacado pela Mari Campos

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é; que nos faz professores e doutores do que não vimos quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

4 comentários:

  1. É isso aí, Mônica! Que possamos sempre ter saúde física, mental e principalmente financeira para nos darmos essas oportunidades únicas de conhecermos lugares diferentes, novas amizades, novas experiências. São sensações únicas, personalíssimas, que realizam qualquer espírito que procura conhecer o desconhecido ao vivo por nós. Vai ser mais uma excelente viagem, com certeza!
    Beijos,
    Nina.

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  2. Amei seu post amiga!
    Um dia ainda vou nessas viagens com vc... Ou te carrego comigo pra um hotel 5 estrelas kkkk
    Diferentes, mas amigas que se amam e respeitam!
    Vai com TUDO!!!!

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  3. Sarah... vc conseguir me carregar para o 5 estrelas é o menos difícil... O complicado vai ser me fazer pagar...rsrsrs

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  4. Nina.. lembra como a gente se conheceu? Numa viagem maravilhosa que fiz com o Cristiano para Arraial do Cabo. E vc me ajudou quando passei mal no barco... Não esqueco. De lá pra ca já nos encontramos nas suas andancas pelo Rio mais duas vezes. Taí outra prova de que amizade não tem fronteiras... Beijos

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