9 de abril de 2009

Entre a fome o Magyar

Depois de andar muito, subindo e descendo ladeira, andando por tudo que era canto e sem me ater muito ao mapa, me deu fome. Foi quando percebi que ja era de tarde.

Procurei um restaurante, mas nao queria um daqueles turisticos. Estava mais para algo caseiro, a cara ( e o gosto) da Hungria. Alem disso, sao mais saborosos e bem mais baratos. Nessa andanca que demorou uns 30 minutos (quem me conhece sabe que eu rodo mesmo atras do que e melhor na relacao custo x beneficio) reencontrei duas italianas que estavam no mesmo bendito transfer que me deixou no Centro de Budapeste ( do lado Peste) e que viram meu desespero. Mais um Ciau "a la" italiano.

Continuei caminhando ate encontrar na Fu Utca 8, um restaurante. Anotei o nome para deixar registrado, mas burramente nao sabia que Etterem significa restaurante e o que vinha em quase uma frase abaixo eu abstrai - era o nome do lugar. Desculpem-me pela burrice, mas fica ai o endereco. E do lado de Buda (meu primeiro roteiro de andancas).

Havia um menu em ingles, mas escrito a mao e com o hungaro logo abaixo. E ai, confesso que escolhi o cardapio no " unidunite" mesmo ( a Leticia, uma amiga apaixonada por gastronomia deve achar isso uma heresia, mas foi assim mesmo). Eu nao tinha tempo para bancar a decifradora de hieroglifos. Parti mesmo para a sorte e o que veio foi Pilsgulash Nuit Wocrevem

Em sintese, cogumelos com uma massa picadinha feita de batata e coberta de coalhada. Nada mal. Para beber um copo de suco de laranja - meio azedo, confesso - e tudo pela bagatela de 820 Ft. Algo em torno de 4 euros.

Abastecida e sem coragem de aplicar o mesmo metodo da sorte para a sobremesa, segui caminhando tranquilamente por Buda.

E impressionante como essa parte da cidade esta em total construcao. Mesmo o Castelo de Buda, a Citadela (que tem um bunker usado na 2 Guerra Mundial) ou as pontes na verdade sao reconstrucoes porque boa parte da cidade foi bombardeada. Embora nao sejam as construcoes originais (mas apenas parte) e muito intrigante ver como eles se empenham em reconstruir o pais exatamente do jeito que era antes.

Andar por Buda e ver todo o trabalho de reconstrucao, ver uma cidade limpa, sem indices altos de violencia... me deixa pensando que talvez o Rio de Janeiro precise mesmo chegar a um estado tao de degradacao para ai sim, se reinventar. Quem sabe!

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