14 de abril de 2009

O grande problema de Praga e nao querer ir embora!

Achei um problema em Praha ("metidando" a escrever como eles escrevem)! Nao da a menor vontade de ir embora. Tenho voo marcado para Paris dia 17 e por mim ficaria mais tempo aqui. E tudo tao lindo, tao tranquilo. A cidade e limpa, segura, contemporanea e medieval ao mesmo tempo.

No meu primeiro dia de caminhada, segui pelo Centro e fui pela Nerudova e depois peguei o caminho de um escadaria para mesclar a subida ao Castelo de Praga.

La, comprei um ticket economico porque sinceramente nao aguento mais ver igrejas (desculpem-me pela sinceridade). Estava mais encantada em ver uma ruazinha medieval que tem na propriedade do Castelo, onde moravam os trabalhadores. E la, me diverti demais vendo como eram pequenas, alem de baixas, cada uma das casas. No numero 22, uma casa atualmente pintada de azul, e a mais visitada. Atualmente vende souvenir, mas foi ali que o Kafka viveu e escreveu, antes de morrer de tuberculosa num manicomio. Confesso que nao entendi a relacao tuberculose e manicomio nos textos que li (a gente aqui ganha guias locais toda hora). Quando voltar pra casa vou pesquisar mais sobre ele. Ja li uns textos mais curtos dele. Um inclusive um bem interessante sobre a construcao de uma cidade perfeita, com a Torre de Babel. Otimo.

Voltando. Nessa pequena rua (paga para visitar) o segundo andar e dedicado a vestiario, armamentos e varias armaduras. Ha tambem uma mostra de vidros. Ha uma escada meio escondida para quem entra e em vez de seguir como todo mundo, fiz o inverso. Por essa escada, descendo bem abaixo do nivel do solo ha um espaco onde deveria estar uma exposicao. La nao tem nada, mas e possivel sentir como era viver ali ha seculos. E frio, feito totalmente de pedra.

Quando eu estava descendo, havia um senhor atras de mim. E ele ficou impressionado com o tanto de frio que de repente eu passei a sentir. Como esta quente aqui em Praga, estava com camiseta ribana. Papo vai papo vem, surgiu o assunto basico: where are you from (gente, desculpa mas nao acho qual o comando para o ponto de interrogacao)...

E ai ele comecou a me contar a ida dele ao Brasil ha quase 60 anos. Pra voces perceberem como ele e bem mais velho , e no entanto estava la, sozinho e se divertindo pra caramba. Me contou a ida dele a Manaus, a Belem e falou maravilhado sobre as duas semanas que passou no Rio de Janeiro. A proposito, ele descreveu um Rio que eu mesma nao conheco. Tranquilo, de praias lindas e limpas. So as pessoas amigaveis e o que eu pude confirmar.

E depois de andar tanto pelo bairro do Castelo, fui a uma parte destinada aos presos. Horrivel, embora interessante. E la eu desisti de continuar pelo Castelo nesse dia. Nao queria fazer nada cansada e era domingo de Pascoa. Entao estava cheio demais. O ticket me dava direito a continuar no outro dia. E foi o que fiz.

Sai dela caminhando. Descansei em baixo de arvores ao longo da cidade. Conheci um jornalista servio que cobre futebol e que, embora nao soubesse nada de portugues, sabia mais dos nossos jogadores do que eu. Ele estava aqui a trabalho e se deu o direito a uma passeada por Praga.

De noite fui caminhar pela cidade, mas de olho no relogio. Afinal, fui fazer a besteira de me ater a conforto (algo que eu nunca faco) e para chegar ao meu albergue (Sir. Tobys) so com tram e ate 00h15.

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